5 mitos sobre alimentação que impedem você de emagrecer com saúde (o 4 é pior de todos!)

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De quantas mentiras uma dieta é feita? Atualmente, parece que de muitas, o que torna a tarefa de emagrecer com saúde um tanto quanto árdua.

A cada dia surgem novas informações: o que era bom, passa a não ser tão bom assim, o que era praticamente demonizado, passa a ser glorificado, fora os alimentos que são cancerígenos, tóxicos, que provocam alergias e por aí vai.

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Será?

E o que menos existe é um consenso entre nutricionistas, médicos e outros profissionais da área da saúde. É possível que você vá a cinco consultórios e escute cinco opiniões diferentes sobre um mesmo assunto.

Quem está com a razão?

Vamos tentar analisar por partes.

Em primeiro lugar, essa quantidade enorme de informações é um bom sinal.

Apesar de muita gente criticar essas mudanças constantes , elas significam que cientistas, pesquisadores e estudiosos de todo o mundo não estão acomodados acreditando que já descobrimos tudo que precisávamos.

Pelo contrário, os avanços na tecnologia têm proporcionado a realização de novas pesquisas e, por isso, novas descobertas aparecem a todo momento.

Além disso, o advento da internet nos trouxe a possibilidade de pesquisar, produzir e compartilhar conteúdo, e assim não sermos mais meros espectadores.

Não podemos ser reféns das informações veiculadas nas grandes mídias, que na maioria das vezes estão associadas a interesses políticos, econômicos e tantos outros que nem fazemos ideia.

Mas realmente existe certa ignorância científica, já que, como dito acima, os conhecimentos relacionados à saúde estão em constante mutação e, se você não for atrás da informação de ponta, provavelmente vai demorar algumas décadas até conhecer o resultado de pesquisas mais recentes.

Exemplo: a pesquisa que demonstrou os malefícios significativos da gordura trans foi feita em 1993, mas este tipo de gordura só será totalmente banida nos Estados Unidos em 2018. Enquanto na Europa, só foi banida completamente na Suíça e na Dinamarca.

Já aqui no Brasil… Quando um produto possui até 0,2g de gordura trans por porção (não no produto todo, apenas na porção especificada), podem ser utilizadas alegações “livre de gorduras trans“, “não contém…”, “livre…”, “zero…”, “sem…”, “isento de…” nos rótulos dos alimentos.

Que honesto com o consumidor, né? #sqn

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E detalhe: a lista de produtos que contêm gordura trans inclui sorvetes, salgadinhos de pacote, batatas-fritas, a maioria das margarinas, pipoca de microondas, bolos, tortas industrializadas, biscoitos (inclusive integrais), entre outros. (ANVISA, 2006)

E mesmo que você leia “0% trans”, saiba que isso é apenas estratégia de marketing. Gordura trans pode ser chamada de diversos nomes, como:

  • Gordura vegetal hidrogenada ou parcialmente hidrogenada;
  • Gordura hidrogenada de soja;
  • Óleo vegetal líquido;
  • Óleo de milho hidrogenado;
  • Óleo vegetal de palma, soja e algodão hidrogenado, entre outros.

Aí você acredita que vai descobrir sobre essas “novidades” assistindo TV aberta?

Espero que não. Imagina a quantidade de empresas e de interesses envolvidos nessa camuflagem de informações.

Um bom nutricionista (leia-se, atualizado) vai poder ajudar você nessa (re)descoberta do que realmente faz bem ou não para saúde, sempre levando em consideração o seu corpo, a sua genética, seu estilo de vida e seus objetivos.

Bons médicos também podem auxiliar neste caminho, em especial aqueles que têm compromisso com a saúde preventiva e entendem o alimento como algo além do entretenimento, mas sim como a base de um corpo pleno e saudável.

Mas você também precisa fazer sua parte, buscando informações por conta própria e, principalmente, exercitando o autoconhecimento: ninguém deve ter melhor percepção sobre o seu corpo do que você mesma(o).

Nunca saia de um consultório com dúvidas, sem entender o porquê de cada coisa ou para que serve determinado alimento ou suplemento. Se você não entende, aquilo não faz sentido, se não faz sentido, por que continuar fazendo?

Para ajudar você nesse caminho de constante aprendizado, preparei esse artigo com 5 mitos que andam te contando sobre alimentação.

Pronta para conhecer as mentiras que têm impedido você emagrecer com saúde e conquistar o corpo e a qualidade de vida que tanto merece?

Então continue lendo este artigo!

Mito #1: Whey engorda

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Se por um lado existem pessoas que usam suplementos de forma indiscriminada, por outro, há quem tenha muito receio de usar. Seja porque ouviu dizer que faz mal para os rins, porque acha que é bomba (essa é tensa demais!) ou, a mais comum entre as mulheres, porque engorda.

A primeira coisa a se pensar é: o que é whey protein?

Whey Protein é a proteína do soro do leite, extraída durante o processo de transformação do leite em queijo. Suas propriedades só foram descobertas na década de 70.  Antes disso, todo o soro produzido pelas fábricas de laticínios era dispensado pois até então não se sabia dos benefícios, que são vários.

Já que o queijo é produzido desde a Grécia Antiga, imagina quantas toneladas de whey já não foram desperdiçadas!

Além da grande quantidade de proteína, o valor biológico do whey protein é muito alto. Valor biológico (VB) é uma escala que classifica a eficiência nutricional de alimentos e suplementos: quanto maior for o seu valor, mais proteína o corpo irá absorver.

Para você ter ideia, um ovo inteiro, que é o alimento com maior VB, possui 100 pontos nessa escala, enquanto o whey pode variar de 104 a 159 pontos (se for isolado ou hidrolisado, o VB é maior). Outros valores para você ter referências: Peixe – 83; Frango – 79, Bife magro – 80.

Além disso, a proteína do soro do leite possui baixo teor de gorduras e carboidratos e é possível encontrar versões livres de lactose, o que é muito bom para alérgicos e intolerantes à substância.

Um dos principais diferenciais dessa proteína é a concentração de aminoácidos essenciais, que são aqueles que o corpo humano não produz e são adquiridos somente pela ingestão de alimentos vegetais ou animais. Sem eles, o organismo não consegue realizar a síntese de nenhuma proteína.

Geralmente, o whey protein é tomado logo após o treino devido à sua rápida absorção pelo organismo, isto é, em alguns minutos (esse tempo varia de acordo com o whey) a proteína chega ao músculo, o que favorece a síntese proteica.

As proteínas são os macronutrientes responsáveis por construir e reconstruir o tecido muscular. Então, além de ajudar no ganho de músculos, o uso de whey protein reduz o catabolismo proteico, ajuda no ganho de força e reduz a perda de massa muscular em uma dieta para perda de peso.

Obs.: Há muitas formas de tomar seu shake, porém, para aproveitar o máximo da rápida absorção do suplemento, a maneira mais recomendada é a ingestão com água.

Se for para tomar depois do treino, especialmente, acredito que não faça muito sentido tomar com leite, já que o mesmo retarda a absorção dos nutrientes pelo organismo.

Whey Protein não só não engorda, como pode te ajudar a emagrecer

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“Ah, mas eu não quero músculos, então o whey não vai me servir de nada!”

Quanto mais músculos você tiver, mais acelerado se torna seu metabolismo e mais rapidamente você consegue emagrecer. Ou seja, mesmo que você não queira ficar musculosa, você vai querer no mínimo manter os músculos para não diminuir sua taxa metabólica basal.

Neste artigo sobre composição corporal, eu explico isso em detalhes, além de mostrar a você como o peso na balança, sozinho, não significa nada.

E além do ganho de massa muscular que resulta em aumento do gasto calórico, outra forma que o whey protein ajuda no emagrecimento é saciando e controlando o apetite, já que libera o colecistoquinina (CCK – Cholecystokinine)um hormônio gastrointestinal responsável pelo controle do apetite e da glicemia.

A produção de grelina, hormônio que estimula o apetite, também é suprimida. E ele também tem ação antioxidante, já que aumenta os níveis de glutationa (principal antioxidante do corpo), fortalece o sistema imunológico e reduz sintomas de overtraining.

Todos esses benefícios deixam claro que whey protein pode oferecer a uma pessoa melhorias que vão muito além do aspecto físico, contemplando, na verdade, funções mais complexas no corpo. Ele pode ser um grande aliado para você emagrecer com saúde.

Mas… Tudo em excesso faz mal

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Já dizia o ditado: “A diferença entre o antídoto e o veneno está na dose”. Apesar de não ser um remédio, a frase se aplica ao whey protein, como em quase tudo nessa vida.

Cada pessoa deve seguir uma recomendação de ingestão de proteínas diária, de acordo com seu peso, idade, seus objetivos e atividade física realizada. Um nutricionista é quem melhor poderá orientar você em relação a isso.

Mas o fato é que, ao ultrapassar essa quantidade recomendada, a proteína ingerida pode sim ocasionar aumento de peso, assim como acontece se você ingerir carboidratos ou gorduras além do que necessita.

Vale deixar claro que não há estudos ou evidência científica que mostrem que o whey protein engorda mais que outros tipos de alimentos. Perguntar se whey protein engorda é o mesmo que perguntar se peixe engorda, se frango engorda e por aí vai.

Atenção!

Até coloquei de vermelho porque isso é MUITO comum: a pessoa decide que vai começar a tomar whey protein, mas aí ela quer aquele mais baratinho, porque não pretende gastar muito com isso.

De fato, você não precisa comprar o mais top do mercado, nem o mais caro para obter bons resultados. Mas tem que prestar atenção, no mínimo, às marca reprovadas pelo Inmetro.

Só para você ter uma ideia, a marca Voxx foi reprovada, entre outras coisas, por possuir 300% a mais de carboidrato do que a quantidade descrita no rótulo.

E esse foi só um exemplo. Ou seja, você pode estar comprando algo para auxiliar na sua dieta, mas, por ser de qualidade ruim, pode pôr tudo a perder.

Por isso, mais uma vez: procure por um nutricionista, de preferência esportivo, para auxiliar você nessa escolha. Ele vai te recomendar várias opções e aí você escolhe a que melhor se encaixa no seu orçamento. 🙂

Opção para veganos, vegetarianos e intolerantes à lactose

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Para veganos e vegetarianos, que não consomem proteínas de origem animal, uma boa opção é recorrer às proteínas de origem vegetal para que o organismo não fique prejudicado com o abaixo aporte de nutrientes.

Com o objetivo em atender não só a esse público, mas também alérgicos e intolerantes à proteína do leite e alérgicos à proteína da soja, o mercado internacional e recentemente o mercado brasileiro estão produzindo novos suplementos proteicos à base de proteínas vegetais, como a de arroz e a de ervilha.

Esse tipo de proteína é indicado tanto para quem deseja melhorar sua performance esportiva nas atividades de força (como a musculação) e de endurance (corrida, natação, ciclismo), como para aqueles que têm dificuldades em combinar e equilibrar os alimentos ou ter adequada ingestão proteica.

Mas alguns pontos que devem ser levados em consideração na hora de escolher a fonte proteica: a digestibilidade, valor biológico e a velocidade que é absorvida pelo organismo.

A Pura Vida é uma marca que confio muito, e mesmo não usando a Veg Proteína especificamente, sei que ela é de alta qualidade, já que todos os outros produtos são.

A combinação escolhida por eles leva em conta os três fatores acima:

  • A digestibilidade do arroz + ervilha germinados é excelente, não causa nenhum desconforto;
  • Sua biodisponibilidade é altíssima, por volta de 90%;
  • Sua absorção é rápida e equilibrada.

Fica a dica a quem possa interessar. 🙂

» Leia também: Guia do Whey Protein: Para que serve, como tomar e como escolher o seu

Mito #2: Suco Detox Emagrece

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Esses dias eu vi numa lanchonete a seguinte promoção: hambúguer + batata frita + suco verde detox. Nem me lembro do valor, só sei que achei cômico. Mas, se existe essa promoção bizarra, é porque tem quem compre.

E isso acontece porque as pessoas começaram a endeusar preparos detox, como se, realmente como um deus, ele pudesse te absolver de todos os pecados da gula que você cometeu.

De fato, nosso organismo tem um processo natural de eliminação de metabólitos. O termo mais correto é destoxificação (“detox” vem do inglês, Detoxification).

De acordo com o dicionário Médico Dorland, destoxificação é a “redução das propriedades tóxicas de uma substância” e também “tratamento destinado a auxiliar na recuperação dos efeitos tóxicos de uma droga”.

Então, será que é isso? Precisamos de constante reabilitação? #rehab

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Não exatamente. O que acontece é que a Nutrição Clínica Funcional se utiliza da ideia de destoxificação metabólica no sentido de reduzir a toxicidade de substâncias através de alterações químicas induzidas no corpo, produzindo um composto menos venenoso ou mais fácil de eliminar.

Nesse sentido, dietas detox teriam como objetivo o aumento da polaridade (aumento da hidrossolubilidade) dos xenobióticos e sua eliminação do organismo.

Os xenobióticos são substâncias químicas alheias ao sistema biológico com as quais o homem tem contato, como metais tóxicos (arsênio, chumbo, mercúrio, cádmio, alumínio), poluentes do ar, contaminantes da água e do solo, aditivos alimentares, pesticidas, cosméticos, dentre outros. (pois é, é coisa pra caramba!)

Por serem substâncias estranhas ao organismo, nosso corpo precisa transformá-las em formas atóxicas e/ou eliminá-las e, para isto, existe uma série de sistemas enzimáticos capazes de metabolizá-las por meio de reações bioquímicas. E, de fato, alguns alimentos podem ajudar neste processo.

Os alimentos em questão são, em especial, os que possuem alto teor de compostos bioativos, minerais (especialmente o magnésio), vitaminas (principalmente do complexo B), carboidratos de baixo índice glicêmico, bom perfil de lipídios e proteínas de alto valor biológico e de rápida digestão e absorção.

Mas na realidade, alimentos, dietas e preparações detox por si só não fazem milagre. Apenas quando associados a um estilo de vida saudável é que são efetivos.

E, em geral, quem toma suco detox ou suco verde de forma regular, associando a bebida a uma dieta equilibrada, está muito mais interessado nos fitonutrientes do que na eliminação das toxinas por si só.

Ou seja, você pode beber o suco, mas também pode comer frutas, legumes, hortaliças, preparar uma salada bem colorida, pois dá no mesmo! Nutrir o corpo é a verdadeira detox. Pare de engolir tudo que contam a você sobre emagrecimento.

Entenda que existem muitos interesses comerciais envolvidos. As modinhas, a mídia e a eterna busca por facilidades deturpam tudo, até o que realmente é positivo.

E quem está desesperado sempre acaba caindo nessas armadilhas: dietas detox que eliminam 5kg em 5 dias, sucos 10x mais caros só por serem “power detox” e por aí vai…

É óbvio que entre uma modinha detox e uma modinha intox, eu fico com a detox. Mas a questão é que a maioria das pessoas não está interessada em saúde e qualidade de vida, mas sim em resultados milagrosos o mais rápido possível.

Não adianta fazer “detox” por uma semana e depois voltar a comer tudo que vê pela frente. Não existe “limpeza” como muitos dizem por aí, mas sim modulação do estresse oxidativo.

Porém, se você gosta tanto do termo e quer uma dica detox, eu te dou uma: faça exercícios físicos!

Ao invés de começar uma dieta detox toda segunda-feira, opte por ir malhar. A prática regular de atividade física melhora os níveis de glutationa e outras enzimas antioxidantes.

Glutationa S-Transferase é essencial no processo de destoxificação e o processo de adaptação à atividade física leva a um aumento dos seus níveis no organismo.

Como diria a Bella Falconi: “Suco verde não é vilão, suco verde não é salvação, mas pode ser um importante coadjuvante”, quando associado a um estilo de vida saudável, com prática regular de exercícios.

Mito #3: Contar calorias é fundamental em uma dieta

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A gente está cansado de saber que quantidade não é qualidade e mesmo assim muitas pessoas, muitas mesmo, são obcecadas por contar calorias. Provavelmente influenciadas pela máxima “para emagrecer, é preciso queimar mais calorias do que se consome”.

Para falar a a verdade, nunca na história da humanidade foi necessário pensar sobre calorias como se pensa hoje em dia e, ainda assim, a humanidade nunca foi tão obesa quanto hoje.

Nos últimos 50 anos, o aumento da prevalência da obesidade fez a Organização Mundial da Saúde considerá-la uma epidemia global.

Coincidência? Claro que não. Pode ter certeza que tem muita coisa errada nisso tudo. E eu vou começar falando a você sobre o fato de que nem todas as calorias são iguais.

Observando a imagem acima, acredito que, mesmo sem ser expert em nutrição, você supõe que existam diferenças entre comer um brigadeiro e uma maçã, embora ambos tenham o mesmo número de calorias.

Isso porque seu corpo processa as substâncias de maneiras diferentes, e muito mais importante que quantidade de calorias – uma mera medida energética – você deve focar nos nutrientes e no índice glicêmico de um alimento.

Índice glicêmico (IG) mede a velocidade com que os níveis de insulina aumentam em resposta à rapidez com que a glicose (tipo de açúcar), presente especialmente nos carboidratos, entra na corrente sanguínea.

Os alimentos estão divididos em três categorias de índice glicêmico: baixo (IG menor ou igual a 55), médio (IG de 56 a 69) e alto (maior ou igual a 70).

Quanto mais rápida a entrada do carboidrato na corrente sanguínea, mais insulina será liberada pelo pâncreas para manter os níveis de açúcar do sangue estáveis.

E qual é o problema disso?

Quando você come um alimento de alto índice glicêmico, seus níveis de açúcar no sangue sobem rapidamente. Em seguida, seu pâncreas é acionado para liberar o hormônio insulina.

A insulina é responsável por transportar o açúcar para dentro das células e reduzir os níveis de açúcar no sangue. Essa redução do açúcar acontece com a mesma rapidez na qual ele foi absorvido. Isso gera um estímulo para o cérebro, que responde com a sensação de fome.

O resultado é que você tende a comer mais na próxima refeição. E se ela também for composta por alimentos de alto índice glicêmico, você entra em um ciclo vicioso, com uma fome que nunca é saciada. (e, claro, sempre com vontade de comer doce)

Além disso, quando uma pessoa ingere muitos alimentos de alto índice glicêmico, o organismo passa a ter uma resistência à insulina, já que o corpo começa a produzir insulina em excesso.

Essa resistência pode desencadear doenças como obesidade e diabetes, além de favorecer ao envelhecimento prematuro, diminuição da eficiência da imunidade corporal e desgaste do pâncreas.

Por isso hoje em dia se fala tanto em alimentos com baixo índice glicêmico, como a batata doce (em comparação a outros tubérculos), por exemplo. E apesar de ela ser famosa entre os praticantes de musculação, uma dieta com redução do índice glicêmico é importante para a população no geral.

Pois além de não alterarem subitamente os níveis de insulina no sangue, alimentos de baixo índice glicêmico saciam por mais tempo, favorecendo o emagrecimento e, como dito acima, prevenindo contra doenças.

A lista de alimentos com alto índice glicêmico que você deve evitar inclui:

  • Açúcar refinado;
  • Arroz branco;
  • Batata inglesa;
  • Receitas que levam farinha de trigo;
  • Doces
  • Entre outros alimentos que favorecem a sensação de fome, gula e armazenamento de gordura.

Porém, ingerir ou não esses alimentos depende de uma série de fatores. Após uma atividade física intensa e, dependendo do seu objetivo, pode ser interessante ingerir um carboidrato de alto índice glicêmico.

Nessas circunstâncias, nosso corpo precisa de alimentos que sejam metabolizados rapidamente. Isso favorecerá a queima de gordura, poupando a perda de massa muscular. Mas esse é só um exemplo.

Daí a importância de ter um acompanhamento nutricional, já que é muito simplório classificar os alimentos entre bons e maus. Isso depende da quantidade, do momento do dia em que você ingere, das suas necessidades diárias, a forma como seu organismo digere, entre outros muito fatores.

Mas voltando aos alimentos da imagem (maçã e brigadeiro), quanto você acha que é o IG de cada um deles?

Bom, a maçã com casca tem IG 39, já um único brigadeiro tem em sua composição o IG do leite condensado (85) e do chocolate ao leite (57), e provavelmente você não come só um. :/

» Leia também: Efeito Sanfona: Por que contar calorias não funciona e o que fazer a respeito

Efeito de uma dieta com alimentos de alto IG

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Um estudo realizado em 2013 procurou analisar os efeitos de uma dieta com alto e baixo índice glicêmico no corpo. Para isso, 12 homens obesos, entre 18 e 35 anos, foram divididos em 2 grupos.

Ambos os grupos comeram a mesma quantidade calórica, com mesmo sabor e mesma proporção de macronutrientes. A única diferença é que a refeição do grupo A era composta por carboidratos de alto índice glicêmico e a refeição B, de baixo índice glicêmico.

Resultado:

Após a refeição, foi observado que o grupo A – que comeu alimentos com maior IG – estava com os níveis de glicose aumentados em 2,4 vezes em comparação ao grupo B. E 4 horas após a refeição, o grupo A sentia mais fome que o B.

Além disso, também foi verificado que o grupo A teve um estímulo cerebral maior nas partes do cérebro relacionadas à gula e à fome emocional do que o grupo B.

Sendo assim, 4h depois de terem comido, momento aproximado de uma nova refeição, o grupo A tenderia a comer mais que o grupo B.

Não por acaso, quando você come pizza, lasanha ou macarrão, apesar de ficar extasiada na hora, sente fome muito mais rapidamente do que quando ingere mais proteínas, vegetais e gorduras boas.

E detalhe que tanto 1g de carboidrato como 1g de proteína têm 4 calorias. Você ainda acha que isso significa muita coisa? Pelo contrário, contar calorias não funciona em médio e longo prazos e ainda pode prejudicar sua saúde.

Por isso, foque na qualidade dos alimentos, e não na quantidade das calorias. Quando a qualidade é ajustada, a quantidade vai sendo controlada automaticamente pelos sistemas regulatórios do corpo.

Conforme você for se alimentando de comida de verdade, que nutre ao invés de só dar prazer, seu corpo passará a reponder a isso, porque você está dando justamente o que ele precisa para funcionar bem.

E mais uma vez eu digo: procure por um nutricionista! Existem alguns fatores que influenciam no índice glicêmico, como o horário do dia que você ingere o alimento ou os acompanhamentos que você inclui na refeição.

Chia, quinoa e castanhas são exemplos de alimentos que diminuem o IG. No entanto, existem infinitas variações que você pode fazer, quando bem assessorada. 🙂

» Leia também: Comer de 3 em 3 horas: 5 mitos que a indústria de alimentos não quer que você descubra (o #3 é o pior deles)

Mito #4: Produtos light, diet e fit são escolhas saudáveis

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Pra mim, esse é o pior de todos mitos. Talvez pelo fato de eu ser publicitária e ver como a indústria alimentícia, aliada à propaganda, consegue convencer as pessoas de qualquer coisa. Especialmente quando elas querem ser convencidas…

Afinal, vai dizer que não é muito mais cômodo levar uma barrinha de cereal para comer no lanche do que preparar uma refeição, carregar marmita e etc?

Porém, antes de confiar cegamente no que diz a propaganda de um produto, você deve fazer algo muito simples: ler os rótulos. Mesmo que a maioria não seja 100% fiel à realidade, com certeza eles vão dizer o que você precisa saber sobre aquele produto.

E por mais que alguns nomes sejam estranhos e você ache que não vai conseguir entender nada, fique sabendo que o simples fato de terem muitos nomes esquisitos já é um sinal de que o produto não é tão saudável assim.

Além disso, é indispensável despender um pouco de tempo para compreender do que se tratam certas substâncias, afinal, são elas que você irá ingerir (ou não, depois de ler essas dicas). Eu fiz a análise de alguns rótulos para você neste artigo. 🙂

Analisando os rótulos: 3 dicas importantes

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Dica #1: Observe os ingredientes

A primeira coisa que você deve ver é do que o produto é composto. Em geral, os ingredientes vêm em ordem decrescente, ou seja, o que vier primeiro é porque está presente em maior quantidade.

Aliás, muitos produtos podem ser desmascarados só por essa ordem de ingredientes. O azeite de oliva é um deles, inclusive. O alimento, que deveria ser saudável, muitas vezes se torna inflamatório pelo acréscimo de outros ingredientes.

Então, não se deixe levar pelas imagens de oliveiras: lendo a embalagem, pode ser que você esteja diante de um óleo composto de soja e oliva (sendo que a soja chega a compor 80% do conteúdo!). Claro que não são todas as marcas que fazem isso, mas desconfie de azeites muito baratos.

Além disso, evite produtos com nomes que você não sabe claramente o que são, diminuindo assim as chances de consumir alimentos extremamente processados.

Opte por produtos com uma lista de ingredientes o mais reduzida possível. Quanto mais simples, menos processados e com menos aditivos químicos, melhor.

Na verdade, a melhor opção é sempre comida de verdade, o restante não passa de produto alimentício. E o homem nunca vai conseguir atingir o patamar da natureza nesse quesito.

Além disso, não se engane pelo fato de o produto ser “sem glúten” e “sem lactose“, a não ser que você seja alérgico ou intolerante, claro. Retirar o glúten e a lactose podem ser boas estratégia dependendo do caso, no entanto, um alimento não apresentá-los em sua composição não o torna saudável.

Você pode ler tudo sobre a influência do glúten na sua saúde nesse artigo aqui.

Atenção especial ao açúcar:

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Açúcar refinado não possui glúten, não possui lactose, mas além de destruir a estabilidade celular do organismo, pode provocar um aumento rápido de adrenalina, de hiperatividade, de ansiedade, dificuldade de concentração e irritabilidade em crianças.

Além disso, ele está na base de inúmeras doenças graves, e descobertas recentes demonstram que inclusive a oncogênese (processo de formação de câncer) pode estar ligada ao aumento de açúcar no organismo. Estudos ainda sugerem que ele é 8 vezes mais viciante que a cocaína!

Inclusive, recomendo que você assista ao documentário Fed Up, disponível no Netflix. Ele aborda a questão do consumo exagerado de açúcar e junkfood e a consequente epidemia da obesidade mundial.

De acordo as informações veiculadas no filme, o ganho de peso também é resultado de políticas públicas frouxas e da indústria alimentícia, que se aproveita do fato de o açúcar ser tão agradável ao paladar.

Os malefícios do açúcar são inúmeros e merecem um post aqui no blog inteirinho sobre isso. Mas já que estamos falando dele, nada mais justo que alertar você sobre os diferentes nomes que o açúcar pode ter em um rótulo.

Pois é óbvio que quando a indústria dos alimentos percebeu que as pessoas estavam evitando o açúcar, começou a substituir essa palavra nos rótulos dos alimentos por outros termos que, na verdade, não deixam de ser a mesmíssima coisa. Vamos aos nomes? (Fonte: Mude.nu)

  • Sacarose: é formada por uma molécula de glicose e uma de frutose. Quando consumida, a glicose será processada no pâncreas, enquanto a frutose será metabolizada no fígado. É o tipo de açúcar mais comum e o primeiro que você deve procurar nos rótulos.
  • Frutose: é o açúcar das frutas, mas também é encontrada em diversos tipos de açúcares industrializados. Quando você consome a frutose em sua forma natural, junto com as fibras, a água e os micronutrientes das frutas, ela só irá fazer mal se consumida em excesso.
  • Lactose: É o açúcar do leite, o qual boa parcela da população tem algum grau de intolerância. Essas pessoas não conseguem digerir o açúcar do leite por não possuírem uma enzima chamada lactase. Nessas circunstâncias, a lactose é digerida pelas bactérias do intestino, gerando sensação de inchaço, gases, mal estar, retenção de líquidos e, em casos mais graves, náuseas e vômitos.
  • Maltodextrina: é um polímero da glicose de altíssimo índice glicêmico (150!), metabolizada de forma rápida no organismo humano e contribuindo, assim, para um pico de insulina na corrente sanguínea. Ela está presente nos hambúrgueres congelados, por exemplo.
  • Dextrose: é um sinônimo de glicose. É a forma mais simples do açúcar e a única forma que o nosso organismo consegue absorver. Assim como a maltodextrina, a dextrose também gera o pico de insulina que vai resultar em energia não aproveitada.
  • Açúcar mascavo: é bruto, escuro e úmido, e não passa pela etapa de refinamento como a sacarose (açúcar branco, de mesa). Assim, ele conserva um pouco mais de cálcio, ferro e sais minerais. Mas tem mesmo índice glicêmico.
  • Açúcar demerara: é um meio termo entre o açúcar branco e o açúcar mascavo. Ele passa por um refinamento leve e não recebe aditivos químicos, permitindo-o conservar mais micronutrientes do que o açúcar branco.
  • Açúcar orgânico: significa que não são utilizados agrotóxicos ou ingredientes artificiais em sua produção, desde o plantio até a industrialização. Mas continua sendo açúcar.
  • Açúcar invertido: é um xarope quimicamente produzido a partir da sacarose. É usado principalmente na fabricação de rebuçados, doces e gelados, para evitar que o açúcar cristalize e dê ao produto final uma desagradável consistência arenosa.
  • Açúcar magro ou light: é uma mistura do açúcar comum com adoçante (especialmente sacarina e ciclamato, substâncias proibidas em muitos países). O uso de adoçantes é bastante polêmico, mas vale lembrar que a própria Anvisa reduziu a quantidade máxima desses adoçantes em bebidas e alimentos.
  • Agave: O agave néctar vem de um cactus mexicano, e é composto basicamente por frutose (aproximadamente 85%). Apesar de possuir um índice glicêmico menor se comparado a outros açúcares, seu elevado conteúdo de frutose livre assemelha-se muito ao do xarope de glicose de milho, considerado o alimento preferido de células com mutação (cancerígenas).
  • Xarope de milho de alta frutose: também conhecido como xarope de glicose, ele é transformado em frutose através de processos industriais e é obtido por meio do amido de milho. Está presente em boa parte dos alimentos industrializados, como refrigerantes, sucos de caixinha, ketchup, mostarda, frutas em conserva, geleias, doces pastosos, bolos, pudins, pó para bebidas, entre outros.

E infelizmente a variedade de nomes não acaba por aqui, o que realmente torna o ato de cortar o açúcar da dieta algo muito complicado, já que você nem sabe onde ele realmente está.

Mas o fato é que reduzir o açúcar da sua alimentação não só te fará emagrecer, como também diminuirá os riscos de doenças como diabetes, hipertensão arterial, hipoglicemia, enxaqueca, síndrome metabólica e etc.

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Dica: Açúcar demerara, mascavo, light e orgânico não são saudáveis como a indústria alimentícia tenta vender. Alguns deles podem ter mais nutrientes, mas devem ser usados com muita moderação, pois continuam tendo altos índices glicêmicos.

Por outro lado, o açúcar de côco é considerado como o açúcar mais saudável do mundo por sua composição nutricional superior à de qualquer outro adoçante (contendo zinco e diversos minerais, flavonóides e antioxidantes).

Seu índice glicêmico é baixo (35), menor do que o do mel (55) e muito menor do que o do açúcar branco (68).

Dica #2: Informações nutricionais

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Agora que você já sabe que não deve se prender à quantidade de calorias, é interessante observar outros elementos e o primeiro deles é a porção, que é a quantidade recomendada para consumo.

Por não levar em consideração a individualidade de cada pessoa, mas sim o hábito das populações às quais os produtos se destinam, é preciso que você tenha bom senso na hora de ingeri-los.

Mas o fato é que todas as informações estão baseadas nessa medida, e não na quantidade total do produto. Inclusive, quando for comparar produtos similares, veja se as porções são a mesma e considere sempre o mesmo referencial.

% VD é a sigla de percentual de valores diários e uma média de consumo calórico para a população brasileira adulta saudável, que é de 2000 kcal. Porém, mais uma vez vale lembrar que as necessidades diárias variam de acordo a idade, prática de atividade física, estado de saúde e objetivo cada pessoa, ou seja, não deve ser tomada como regra.

Nutrientes: Gordura saturada não é vilã!

Quanto aos nutrientes, estudos recentes indicam que, ao contrário do que se imaginava, as gorduras não são as maiores vilãs de uma dieta, com exceção da gordura trans. Isso tanto para quem quer emagrecer como para quem quer evitar problemas cardíacos.

A ideia é polêmica e vai contra a pirâmide alimentar difundida como ideal, isto é, que tem como base os carboidratos. Mas em um estudo liderado pela British Heart Foundation, cientistas de Oxford, Cambrige e Harvard, entre outros, examinaram a ligação entre o consumo de gordura saturada e doenças cardíacas.

Apesar de analisar o resultado de quase 80 estudos envolvendo mais de meio milhão de pessoas, eles não encontraram evidências convincentes de que comer gorduras saturadas ocasionava em um maior risco de problemas cardíacos.

Mais do que isso, quando analisaram os testes sanguíneos, eles descobriram que altos níveis de gorduras saturadas estão associados com menor risco de doenças coronárias.

Mas atenção! O grande problema está na combinação de uma grande quantidade de gorduras com uma grande quantidade de carboidratos de má qualidade, ou seja, doces, bolos, fast food e boa parte dos alimentos industrializados.

Gorduras boas são essenciais pra saúde e apesar de 1g de gordura ter 9 calorias contra 4 calorias em 1g de carboidrato e 1g de proteína, nosso corpo metaboliza esses macronutrientes de formas diferentes. Gorduras não aumentam o índice glicêmico e saciam por muito mais tempo.

» Leia também: Gordura Saturada, Sobrepeso e Doenças Cardíacas: E se tudo não passasse de uma grande e gorda mentira? 

Então, o que você deve analisar em um rótulo?

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Escolha alimentos que sejam fontes de gorduras naturais e boas. O melhor exemplo de que gordura saturada não faz mal à saúde é que o melhor alimento do mundo contém 54% dela. Você sabe qual é?

O leite materno! Que não por acaso é a dieta perfeita para o desenvolvimento de uma criança. E nós, adultos, precisamos desse tipo de gordura para o bom funcionamento do coração, das funções cognitivas, das membranas celulares, intestino e etc.

Gorduras saturadas geralmente são sólidas em temperatura ambiente, são estáveis e também as melhores opções para cozinhar. Isso porque não ficam rançosas, mesmo quando aquecidos para fins de cozimento. Óleo de côco, manteiga (não margarina!), banha de porco, óleo de palma são boas opções para cozimento.

Quando reduzimos o consumo de gorduras saturadas, que são naturais e têm sido consumidas pela humanidade por milhões de anos, o comum é que aumentemos o consumo de outras gorduras não tão boas e, claro, dos carboidratos.

Gorduras poliinsaturadas são essenciais e, como nosso organismo não consegue produzi-las, precisamos obtê-las por meio da alimentação. Provavelmente você as conhece pelo nome de ômega 3 e ômega 6.

A proporção desses compostos na nossa alimentação deveria ser de 1 pra 1, mas se você se alimenta de muitos produtos industrializados e processados, está ingerindo muito mais ômega 6 do que ômega 3 e o excesso do primeiro anula os efeitos benéficos do segundo. Peixes, gado de pasto, galinhas e ovos caipiras são boas fontes de ômega 3.

As gorduras monoinsaturadas geralmente são líquidas à temperatura ambiente e relativamente estável. Elas não ficam rançosas facilmente e, por isso, podem ser usadas para cozimento.

Boas fontes de gorduras monoinsaturadas são abacates, nozes, azeite de oliva (o verdadeiro), amendoim.

As gorduras trans, como eu falei logo no início do artigo, são altamente perigosas, e também as mais utilizadas pela indústria alimentícia. Isso porque ela é gordura monoinsaturada hidrogenada e se torna sólida em temperaturas ambientes. Isso garante alimentos crocantes e com aspecto sequinho.

Inúmeros estudos relacionam esse tipo de gordura à maioria dos problemas cardíacos que temos hoje. Ao consumi-las, estamos colocando moléculas de gordura instáveis nas paredes das nossas células.

Em relação aos carboidratos, consuma moderadamente, dando preferência aos que têm menor índice glicêmico e evitando os açúcares. Além disso, o fato de um produto possuir fibras contribuirá para a sensação de saciedade.

E, claro, não se esqueça das proteínas. Elas são fundamentais na construção e reconstrução de nossos tecidos e células, e podem também desempenhar função hormonal e imunológica.

Além disso, a ingestão da dose adequada de proteínas vai manter você saciada por mais tempo que ao ingerir carboidratos, mesmo que ambos os macronutrientes forneçam a mesma quantidade de calorias por grama.

Dica #3: Validade e Qualidade dos Produtos 

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A data de validade deve estar legível e em destaque: o dia e o mês para produtos com duração inferior a 3 meses, e o mês e o ano para produtos com duração superior a 3 meses.

Porém, saiba que, quanto maior o tempo de duração de um produto, maior é a quantidade de conservantes e aditivos químicos para que isso aconteça. Prefira comprar produtos que durem menos, mas que você tenha a opção de congelar.

Cuidado com os produtos que se dizem naturais e sem conservantes, mas que, depois de abertos, duram vários dias ou semanas na geladeira. É impossível fazer um produto com ingredientes naturais e ele durar tanto assim. Duvida? Faça você mesma uma simples limonada e veja quanto dura na geladeira.

Não por acaso os produtos orgânicos, sem agrotóxicos e sem aditivos químicos, duram bem menos, mas, em compensação, são muito melhores para o corpo e para a saúde. Aliás, não sei como é concebível que usem veneno para matar pragas… Nos alimentos que vamos ingerir! (Wtf?)

Ah, vale citar que a produção orgânica obedece normas de certificação que exigem, além da não utilização de agrotóxicos e drogas venenosas, cuidados elementares com a conservação e preservação de recursos naturais e condições adequadas de trabalho.

Mas talvez você esteja pensando: “Poxa, vida… Até agora você não falou nada sobre os produtos light, diet e fit em si. Com certeza eles não têm açúcar, são ricos em gorduras boas e proteínas”.

É… Não. A Maíra Tavares que o diga. Ela é personal trainer e ficou super conhecida depois do corajoso projeto #SAUDEsqn (Saúde, só que não), no qual passou a ingerir produtos industrializados que são vendidos como saudáveis, além de reintroduzir açúcar, glúten e gordura na alimentação.

Em pouco tempo, o corpo dela mudou drasticamente e então muita gente entendeu o seu objetivo: devemos ter cuidado com os alimentos com rótulos saudáveis.

Alimento bom não precisa de rótulo, não precisa de propaganda! Ou você vai na feira e escuta o feirante dizendo: “Ô, madame! Compre morango, ele tem nutrientes essenciais para sua saúde! É fonte de vitamina C, K, B2, B5, B6 e B9, além de ter minerais e ômega 3!”?

Não, né? Não precisa. Comida boa se promove por meio da nossa saúde, da disposição e vitalidade que nos fornece.

No mais, produtos industrializados continuam sendo produtos industrializados, e não alimentos. Dê preferência à comida de verdade, sempre.

Veja, neste artigo, 8 trocas inteligentes para deixar sua alimentação mais saudável e gostosa.

Se você consegue carregar na bolsa aquele pedaço de bolo que sobrou da festa de ontem, também consegue carregar frutas, castanhas, ovos cozidos, entre outras opções. É apenas uma questão de definir prioridades e o quanto você está disposta a investir em você e na sua saúde.

Vamos deixar tudo claro de uma vez por toda, então?

Alimentos Light

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Fonte: Bom é ser feliz

Alimentos ou bebidas considerados light são aqueles que possuem valor calórico ou valor de nutriente reduzidos. Sendo assim, para manter o sabor e a consistência parecidos com os do produto original, os fabricantes precisam aumentar a quantidade de outras substâncias.

As versões light com redução de gordura, como bolos e biscoitos, mantêm ou aumentam a quantidade de açúcar e/ou farinha. Ou seja, são alimentos de rápida absorção que estimulam picos de insulina no corpo, fazendo com que você esteja constantemente com fome.

Sucos de caixinha e refrigerantes são incluídos na categoria light pela remoção do açúcar. Até aí ótimo. O problema é a adição de adoçantes e alguns deles podem causar picos de insulina de forma similar ao açúcar.

Além disso, esses produtos possuem aromatizantes e corantes. A tartrazina, por exemplo, acentua reações alérgicas em pessoas com asma brônquica e alguns tipos podem intensificar o distúrbio de atenção e a hiperatividade infantil.

Em relação aos sucos de caixinha, a principal diferença em relação ao suco natural está na composição de micronutrientes. Ou seja, vitamina, minerais e principalmente fibras são perdidas durante o processamento de fabricação.

E por mais que as calorias desses alimentos muitas vezes sejam reduzidas, você também está ingerindo poucos nutrientes benéficos para o seu corpo. Se você realmente quer uma bebida com zero calorias, a melhor continua sendo a água. 😉

Alimentos Diet

Fonte: Bom é ser Feliz
Fonte: Bom é ser Feliz

Os produtos considerados diet são aqueles que apresentam quantidades não significativas ou são isentos de um determinado nutriente (como o açúcar, sal, proteína, gordura, carboidrato ou lactose), sendo destinados para pessoas com restrição alimentar, como diabéticos e hipertensos.

Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que, no geral, os produtos diet (e light) são redutos de sódio. Em média, esses produtos possuem 43% mais sódio que as versões convencionais.

Apesar de ser um componente vital do corpo, quando consumido em excesso o sódio causa problemas como retenção de líquido, doenças renais e o aumento da pressão arterial, principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem e isso pode levar a outras doenças como a obesidade.

Caldos e misturas para sopas, pós para refrescos, gelatinas, sobremesas lácteas, achocolatados e refrigerantes estão entre os produtos que merecem atenção redobrada pelo valor elevado de sódio.

Até porque, além do sódio que já contém nos alimentos e produtos alimentícios, é comum acrescentarmos ainda mais sódio no preparo e no pós-preparo dos mesmos.

Alimentos Fit e Zero

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Acredito que os produtos mais marcantes dessa categoria sejam as barrinhas de cereal, biscoitos e danones.

As barras de cereal surgiram como uma opção de lanche saudável por causa das fibras, nutrientes que aumentam a sensação de saciedade, dão energia e ajudam no funcionamento do intestino.

O problema é que a maioria tem muito mais açúcar (com nomes disfarçados) e sódio do que fibra. Além disso, as barrinhas contêm glúten e lecitina de soja, substância usada para dar liga no alimento e que pode causar alergia, principalmente em crianças.

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Fonte: Propaganut

Sobre os biscoitos, em geral também são apresentados como fontes de fibras, mas de acordo com a Anvisa, para que um produto faça essa alegação ele precisa ter 3g de fibra a cada 100g de produto.

Quando analisamos 100g de Club Social Integral, a quantidade de fibras é exatamente 3 gramas, entretanto, 1 pacotinho (quantidade que as pessoas costumam consumir) tem apenas 26g e, portanto, só 0,8g de fibras.

Sobre o fato de o biscoito não ter gorduras trans, vale alertar sobre a tolerância de 0,2g por porção. E de qualquer forma, lembra dos diferentes nomes que a gordura trans pode ter? Dá uma olhada no segundo ingrediente:

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Fonte: Propaganut

Ah, e detalhe, a embalagem do produto diz que o biscoito é integral, mas o primeiro ingrediente (e portanto o que está presente em maior quantidade) é a farinha de trigo refinada. A farinha de trigo integral só aparece como terceiro ingrediente, em menor quantidade que a própria gordura trans!

E o que dizer dos danones que gostariam de ser iogurtes, mas que estão muito longe disso? rs

Os iogurtes de verdade, geralmente caseiros, são a mistura do leite (pode ser de castanhas, de coco) + cultivo de bactérias lácticas. Inclusive, essa receita é maravilhosa e muito simples.

No entanto, esses danones que vemos nos mercados têm menos proteínas que os iogurtes e também menos gorduras boas. Antes de ler este artigo, você acharia isso bom, mas agora sabe que gorduras não são nossas inimigas. 🙂

Além disso, esses danones geralmente possuem açúcar líquido, amido modificado, espessantes, edulcorantes, entre outras substâncias que estão longe de ser de um produto saudável e natural.

“Aaaaaah, mas então eu não posso comer nenhum desses produtos?”

Claro que pode. Você é livre pra fazer o que quiser. Mas agora tem plena consciência do que está ingerindo. A decisão é sempre sua.

Eu mesma faço uso de alguns produtos industrializados, mas como exceção, não como regra. E sempre tentando avaliar o que chega mais perto de um alimento de verdade.

Produtos alimentícios não devem substituir uma alimentação convencional, que precisa incluir verduras, legumes, frutas, ovos, oleaginosas, carnes. Quanto mais natural, melhor. Seguindo essa linha de pensamento, rótulos passarão a não ser uma grande preocupação para você.

Conheça os 8 alimentos que, para mim, são essenciais em uma alimentação saudável.

Mito #5: Ovo aumenta o colesterol

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Quando eu comentei com alguns amigos que ia escrever sobre esse mito, eles perguntaram: “Nossa! Tem gente que ainda acha isso?”. Sim, muita gente, especialmente os mais velhos.

Mas de onde vem esse mito que até hoje faz tanta gente demonizar o pobre ovo e principalmente a gema?

A recomendação de evitar ovos foi proposta na década de 1960, baseada em pouca evidência científica e sustentada por estudos em que os animais receberam muito mais colesterol do que as pessoas normalmente comeriam.

Como médicos e cientistas observaram na época, o problema dos ovos era a grande quantidade de colesterol. Acreditava-se que um único ovo possuía 210 miligramas de colesterol.

Porém, estudos mais recentes têm indicado que a quantidade de colesterol não é tão alta assim. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos encontrou 185 mg de colesterol – e não os 210 mg reportados anteriormente. A diferença, segundo os pesquisadores, pode estar relacionada às mudanças na dieta das galinhas.

Agora que você já sabe que o ovo tem menos colesterol do que você imaginava, chegou a hora de contar algo muito mais interessante. ?

Diariamente, o colesterol é produzido pelo fígado. Este processo é chamado de produção endógena e é regulado por um sistema compensatório, ou seja, quanto maior for a ingestão de colesterol vindo dos alimentos, menor é a quantidade produzida pelo fígado.

Além disso, o colesterol oriundo da alimentação, chamado de exógeno, representa apenas 30% de todo o colesterol circulante. Os outros 70% são produzidos pelo fígado, como dito acima.

Em relação ao colesterol dos ovos, diversos estudos recentes, entre os quais destaca-se o da Universidade Estadual de Kansas, nos Estados Unidos, chamam atenção para uma substância chamada fosfolipídeo, ou lecitina.

A lecitina tem sido apontada como responsável por interferir na absorção do colesterol e impedir que ele seja captado pelo intestino, a partir de onde, naturalmente, iria para a corrente sanguínea.

É como se o ovo, sabendo que é rico em colesterol, já proporcionasse um antídoto natural para evitar que seus níveis aumentem no sangue!

E olha que eu estou só começando a falar dos benefícios desse alimento incrível, incompreendido por tantas décadas.

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O ovo é considerado o segundo melhor alimento do mundo, perdendo apenas para o leite materno. E quando falo o ovo, digo dele inteiro, e não só a clara.

Quase todos os nutrientes estão concentrados na gema, justamente a parte mais temida. Ela é fonte de ferro, por exemplo, que é fundamental para evitar a anemia.

Também tem altas doses de colina, substância que vem sendo apontada pelos pesquisadores como um nutriente importantíssimo para o desenvolvimento do feto, além de proteger o cérebro e a memória. Um ovo supre 22,7% de sua necessidade diária de colina.

O ovo é rico em proteínas, mas também possui minerais como o zinco. É também um dos poucos alimentos que contêm vitamina D.

A vitamina D é fundamental para manutenção do tecido ósseo. Além disso, ela influencia consideravelmente no sistema imunológico e sua carência favorece o aparecimento de 17 tipos de câncer.

E apesar de agora você saber que caloria não é importante, sei que é difícil se desligar disso de uma hora para outra, então, pasme: um ovo tem apenas 72 calorias.

Ah, ele ainda possui várias vitaminas do complexo B, A e D, zinco, fósforo, ácido fólico, todos importantes para a função cognitiva e formação de novos neurônios.

E sobre a quantidade de ovos?

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Um artigo publicado em janeiro de 2013, pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos divulgou o resultado de uma pesquisa envolvendo 9.734 pessoas de 25 a 74 anos acompanhadas durante duas décadas.

Os pesquisadores demonstraram não haver relação entre o consumo regular de ovos e o aumento da incidência de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame.

De acordo com o estudo, não houve diferença entre aqueles que comiam um ovo ou mais por dia em comparação com quem não comia nenhum.

Ou seja, você pode consumir sim ovos inteiros todos os dias, desde que estejam dentro das necessidades para o seu objetivo. Inclusive, comer ovos no café da manhã é uma maneira gloriosa de começar o dia, como explico neste artigo.

Eu poderia ficar falando do ovo para sempre, mas acho que agora você pode tirar suas próprias conclusões.

Mas não posso terminar esse artigo sem falar sobre algo muito importante, que fez o ovo ser considerado vilão por tanto tempo: o colesterol. Seria injusto fazer com que outros alimentos também sejam condenados injustamente. Considere essa parte como um mito extra.

E o colesterol?

Apesar da má fama, o colesterol é um composto essencial para a vida. Ele está presente somente no organismo animal, compondo a estrutura das membranas celulares. Ele é matéria prima para produção de vários hormônios sexuais, dos sais biliares, além de ser precursor para a síntese de vitamina D.

Como o colesterol não é sintetizado pelas plantas, não é possível encontrá-lo em óleos vegetais. Não por acaso, as indústrias de óleos vegetais e de processamento de alimentos, principais beneficiárias de qualquer pesquisa que condene os alimentos que contenham colesterol, passaram a promover e financiar mais pesquisas, concebidas para dar suporte à hipótese lipídica.

A teoria chamada de hipótese lipídica é a de que há uma relação direta entre a quantidade de gordura e o colesterol da dieta alimentar na incidência de doenças cardíacas. Ela foi proposta no final da década de 1950, mas desde então inúmeros estudos subsequentes têm questionado seus dados e suas conclusões.

Mas, como dito acima, este tipo de estudo recebeu muito mais publicidade do que aqueles que apresentavam posições alternativas devido aos interesses de grandes indústrias.

Há muitos anos a ideia de que o colesterol faz mal vem sendo difundida, fazendo com que evitemos ao máximo alimentos ricos em gorduras e colesterol, algo que que nossos antepassados priorizaram em suas dietas por milhões de anos.

Por quase toda a história da humanidade, a dieta alimentar era constituída de aproximadamente 60-70% gorduras, 20% proteínas, 10-20% carboidratos.

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Agora, em uma ínfima parte da trajetória humana na Terra, por causa de interpretações equivocadas de estudos e influências econômicas e governamentais, a população foi aconselhada a inverter isso, comendo de 60-70% de carboidratos, 20% gorduras e 20% proteínas.

Estudos controlados sobre o colesterol têm sido executados mais recentemente e as conclusões são, no mínimo, surpreendentes. Desde outubro de 2010, sabe-se que existem 11 tipos diferentes de LDL (o colesterol “ruim”), dos quais 9 são benéficos para o nosso organismo.

Além disso, é bom que você deixe de lado essa história de HDL ser bom e LDL ser ruim, ambos são fundamentais pra o bom funcionamento do organismo.

A estatina (Lipitor), remédio mais vendido no mundo para controle do colesterol, é uma provável causa dessa mentira, já que sua venda gera alguns milhões à indústria farmacêutica.

Em sua obra “Grain Brain” (A Dieta da Mente, como foi traduzido para o português), o Dr. David Perlmutter, um dos neurologistas mais respeitados do mundo, afirma que colesterol alto não faz mal, o que faz mal é o colesterol oxidado (danificado), e adivinha como acontece essa oxidação?

Uma das maneiras mais comuns é através da modificação física do LDL causada pela glicose. As moléculas de açúcar se conectam ao LDL e mudam sua estrutura molecular, tornando-o menos útil e aumentando a produção de radicais livres.

Sendo assim, não é o LDL que “entope” as veias e causa problemas cardíacos, é o açúcar no sangue o culpado por interferir no funcionamento normal do LDL e danificá-lo a ponto de torná-lo inútil e danoso.

Lembrando que todo carboidrato vira açúcar em nosso sangue, o que muda é a velocidade com que isso acontece. Mas, mesmo assim, somos incentivados a comer muito mais porções de carboidratos por dia.

Será que o surgimento e o aumento do número de doenças se deve a isso? Ao fato de estarmos indo contra a nossa natureza?

Parece que há uma luz no fim do túnel. O Ministério da Saúde do Japão eliminou a recomendação de limite para ingestão de colesterol em seu último guia alimentar de 2015, dizendo que não há evidências científicas suficientes para justificar esta limitação.

A base científica para essa alteração está nesse estudo, que ratifica tudo que escrevi até agora.

Olhar para a nossa realidade e não questionar a quantidade cada vez maior de pessoas obesas, depressivas, estressadas, com câncer, complicações intestinais e tantos outros problemas é ser muito egoísta ou muito alheio aos fatos.

Como diria o Rodrigo Polesso, fundador do site Emagrecer de Vez, “as evidências são avassaladoras, claras e óbvias demais para serem ignoradas. A prova de que o que viemos fazendo ao longo das últimas décadas está errado, está nos números, nas estatísticas sempre crescentes de doenças e obesidade.”

Nossa expectativa de vida aumentou, mas parece que nossa qualidade de vida só está piorando. As pessoas não vivem, sobrevivem: elas dormem mal, são dependentes de remédios e descontam frustrações na comida.

Até quando? 

Não há ciência e tecnologia que resolvam nossa alienação e passividade diante das coisas. Médicos e nutricionistas têm o dever de buscar atualização constante para continuarem a cumprir a sublime tarefa de promover saúde e bem-estar.

Mas cada um de nós deve fazer sua parte também: o que você tem feito por você?

Por mais que tenha muita informação equivocada circulando por aí, as informações corretas estão sendo cada vez mais compartilhadas também. Comece a ponderar o que você lê e ouve, veja se faz sentido e então coloque em prática.

Se você está aqui, é porque está buscando ser uma pessoa saudável. Então eu recomendo que você conheça o programa do Rodrigo, o Código Emagrecer de Vez.

O método funciona porque você emagrece com saúde, adotando práticas sustentáveis no seu dia a dia. O código esclarece diversos outros mitos que impedem você de ter uma vida plena, com o corpo e a saúde que  merece.

Passou da hora de revertermos esses e tantos outros mitos e começarmos a praticar o que realmente faz sentido no que se refere à nutrição e saúde humana.

Felizmente, a internet possibilita que a prática científica séria se torne uma ferramenta muito mais acessível, com a qual, podemos contar. 🙂

Espero que tenha gostado do artigo. Escrevi com muita vontade de ajudar você a ter uma vida melhor.

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Fontes:

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