Afinal, o que é comida de verdade? O conceito que a maioria de nós esqueceu (+ lista de alimentos saudáveis)

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Coma comida de verdade”.

Quando o tema é alimentação saudável, essa é a regra de ouro por aqui.

E talvez você esteja pensando: “Ué, mas é óbvio que a gente deve comer comida. O que mais a gente comeria?”

Acredite: hoje em dia, a maioria das pessoas come produtos alimentícios, e não comida.

E não estou me referindo apenas a quem toma Coca-Cola e come fandangos.

Estou falando de você que come barrinhas de cereal ou de proteína no lanche da tarde, biscoito Nesfit ou biscoito “água e sal” no café da manhã e “pão integral” com danone light ao invés de jantar.

Eu sei que você tem a melhor das intenções ao fazer essas escolhas, e é justamente isso que me deixa indignada.

Você, assim como tantas outras pessoas, está sendo enganada pela indústria alimentícia.

Produtos industrializados (quase) nunca são opções saudáveis, mesmo em versões light, diet e integrais.

Na verdade, alguns destes produtos são mais nocivos que os originais e não podem sequer serem chamados de comida, muito menos de verdade.

Mas então… O que é comida de verdade, afinal?

Neste artigo, você vai aprender:

  • Os 3 passos para diferenciar comida de verdade de “comida de mentira”;
  • A economizar dinheiro fazendo as escolhas mais adequadas;
  • Como driblar a relação emocional com a comida e ter pleno controle do que você come ou deixa de comer;

Ah, importante! No final do artigo, tem uma lista de alimentos saudáveis para você baixar e adaptar a sua rotina, orçamento e objetivos.

Eu quero que você termine de ler este artigo e tenha capacidade de assumir o controle da própria comida, pois terá informação suficiente para fazer escolhas saudáveis, baratas e gostosas.

O que é comida de verdade: 3 simples passos para diferenciar comida de verdade de “comida de mentira”

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Toda vez que eu falo sobre os malefícios do glúten, os perigos do açúcar ou as pegadinhas da indústria alimentícia, a reação das pessoas quase sempre é a mesma:

Ok, eu entendi. Mas o que eu vou comer, então?!”

Normalmente eu leio essa pergunta, mas se eu estivesse cara a cara com a pessoa, conseguiria ver um mix de afliçãoimpotência e desespero em forma de gente.

Com razão! Afinal, estamos confusos em praticar algo fundamental para nossa sobrevivência: comer.

Mas se você parar pra pensar, esse é um problema muito atual. Nossos avós e bisavós sabiam exatamente o que, quando, quanto e por que comer um alimento.

As pessoas não comiam de X em X horas, não contavam calorias, não consumiam produtos light e diet.

Pelo contrário, elas comiam quando tinham fome, não temiam a gordura natural dos alimentos, preparavam a própria comida e, “curiosamente”, não havia epidemia de obesidade e doenças como temos hoje em dia.

Quando foi que desaprendemos a comer? Quando foi que perdemos nossas referências?

Apesar do mundo ter se desenvolvido muito desde que sua avó tinha 20 anos, apesar de termos computadores, celulares e muito mais acesso à informação, apesar de toda (falsa) praticidade que a indústria de alimentos proporciona… A vida da maioria das pessoas está pior.

O número de pessoas obesas ou com sobrepeso, alérgicas, intolerantes, com enxaqueca, síndrome metabólica, diabetes, hipertensas, entre tantos outros problemas não para de crescer.

As estatísticas são tão alarmantes que é impossível não haver um questionamento a esse modelo do “fast food”, do artificial e do ultraprocessado, que se intensificou nos últimos anos.

Isso porque estamos sentindo na pele – bem como no coração, no cérebro, nos ossos, no estômago e intestino, nas articulações e até na alma – os efeitos negativos de uma alimentação baseada em produtos industrializados.

Passou da hora de revermos os nossos conceitos básicos sobre alimentação.

Passou da hora de ignorarmos a mídia, o marketing e os apelos da indústria alimentícia, e ouvirmos nosso corpo.

Passou da hora de usar falta de tempo, de força de vontade e de dinheiro para negligenciar nosso bem mais precioso: a saúde.

E, como você vai ver a seguir, isso é mais simples (e barato) do que se imagina. Confira os 3 passos para identificar o que é comida de verdade e voltar a alimentar e nutrir seu corpo, não só seu paladar.

Passo 1: Comida de verdade não tem rótulo (nem precisa de propaganda)

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Quanto mais propaganda eu vejo de um produto, mais eu fico desconfiada.

Comida de verdade não precisa desse marketing todo, ou você vai na feira e escuta o feirante dizendo:

“Ô, madame! Compre morango, ele tem nutrientes essenciais para sua saúde! É fonte de vitima C, K, B2, B5, B6 e B9, além de ter minerais e ômega 3!”?

Não, né? Não precisa. Comida boa se promove por meio da nossa saúde, da disposição e vitalidade que nos fornece.

Além disso, comida de verdade é algo que sua avó reconheceria como comida.

Quando eu era criança, minha avó falava: “Carlinha, eu não confio nesses comerciais de margarina. Você deixa esse pote destampado em qualquer lugar e nem as moscas pousam nela.”

Isso me marcou profundamente.

Não é à toa que no artigo sobre trocas saudáveis, a primeira delas é substituir margarina por manteiga.

A margarina é um ícone do que NÃO é comida de verdade. Pior: é o produto perfeito quando se quer avaliar o poder da indústria quando se alia à mídia e à má ciência.

Seu processo inclui o uso de solventes de petróleo, ácido fosfórico, soda cáustica, emulsificadores tipo sabão, catalisadores com níquel, ácidos clorídrico ou sulfúrico…

Com todo esse processo, a margarina se transforma em gordura trans, um veneno para o nosso organismo, pois provoca uma verdadeira devastação no metabolismo das células.

Mas o que você ainda escuta das pessoas? Que margarina é “amiga do coração” e até que elas querem ter uma família igual dos comerciais de margarina…

Entende o drama? Entende como a indústria, aliada ao marketing, consegue estabelecer uma relação emocional com a comida?

Não seja ingênua: ignore solenemente o que diz a parte da frente do rótulo bem como as propagandas dos produtos, mesmo que digam exatamente o que você quer de escutar.

Passo 2: Comida de verdade é o ingrediente

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Se eu perguntar a você como se faz um salada de brócolis com ovos, a resposta é bem simples: “Eu cozinho o brócolis, cozinho os ovos e faço a salada.”

Sem mistérios. Isso é comida de verdade.

Agora, se eu te perguntar como se faz uma barrinha de cereal, dessas que vemos em mercados ou lojas de conveniência, você saberia a resposta?

Bom, para fazer a barra de cereal Nutry sabor avelã com chocolate, são necessários os seguintes ingredientes:

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Barra de Cereal Nutry Avelã e Chocolate

Glicose – Flocos multicereais – Farinha de Arroz – Milho – Trigo – Cevada – Aveia – Açúcar – Maltodextrina – Extrato de malte – Sal cloreto de sódio – Antiumectante – Estabilizante fosfato dissódico – Chocolate ao leite – Gordura vegetal – Cacau em pó – Soro de leite em pó – Leite em pó integral – Massa de cacau – Sal cloreto de sódio – Emulsificante lecitina de soja – Ácido Ricinoléico – Poliglicerol – Aromatizante – Açúcar mascavo – Açúcar Invertido – Gordura de palma – Pasta de Avelã – Lecitina de soja 322 – Corante caramelo – Glúten – Traços de castanha do pará.

Como a lista de ingredientes sempre é apresentada em ordem decrescente, a glicose (um dos nomes do açúcar) é o que está presente em maior quantidade.

Como se não levasse açúcar suficiente, a barrinha ainda tem maltodextrina, açúcar mascavo e açúcar invertido, que são exatamente a mesma coisa.

Ou seja, por mais que as fibras contribuíssem para a sua saciedade (esse é o grande apelo dessas barrinhas), o açúcar gera picos de insulina, hormônio responsável por armazenar gordura e bloquear o seu cérebro de receber o sinal de saciedade. (e eu nem falei nada do trigo, milho, cevada…)

Há ainda glúten, uma proteína de difícil digestão e altamente inflamatória, e lecitina de soja, substância usada para dar liga no alimento e que pode causar alergia, principalmente em crianças.

E não podemos ignorar o corante, estabilizante, antiumectante, aromatizante…

É preciso ter uma fábrica para fazer essa barrinha, já que ela passa por processos industriais.

Portanto, não se trata de comida, mas sim produto alimentício.

E ok, eu analisei apenas uma barrinha, de uma marca, mas a maioria segue um padrão bem parecido, como você pode ver aqui.

Na verdade, é muito comum aquele produto super ”do bem” ter mais componentes do que o necessário para fazer uma bomba H.

Isso quer dizer que você não pode comer nada que venha em uma embalagem? Não, mas precisa saber fazer boas escolhas.

Depois de ignorar a parte da frente do produto, bem como o marketing, é preciso se atentar a lista de ingredientes. SEMPRE.

Se a lista é extensa e você não sabe o que boa parte daqueles nomes significa, é sinal de que o produto não é saudável.

Opte por produtos com uma lista de ingredientes o mais reduzida possível (até 5 ingredientes seria uma boa média).

Quanto mais simples, menos processados e com menos aditivos químicos, mais indicado para o consumo.

Ainda sim, nada se compara a alimentos in natura, sem aditivos químicos, que você mesma(o) prepara.

» Leia também: Pão, cereais, suco e danone: Por que tudo que nos ensinaram sobre o que comer no café da manhã está errado?

Passo 3: Comida de verdade não dura muito tempo

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Quanto maior o tempo de duração de um produto, maior é a quantidade de conservantes e aditivos químicos para que isso aconteça.

Prefira comprar produtos que durem menos, mas que você tenha a opção de congelar. (como diria Lilian Sáquem congela sempre tem!)

Cuidado com os produtos que se dizem naturais e sem conservantes, mas que, depois de abertos, duram vários dias ou semanas na geladeira.

É impossível fazer um produto com ingredientes naturais e ele durar tanto tempo assim. Duvida? Faça você mesma uma simples limonada e veja quanto dura na geladeira.

Vai apodrecer rápido, como é normal acontecer com comida de verdade.

Aliás, recentemente eu repostei um vídeo um tanto quanto chocante nas redes sociais do Guia da Boa Forma, comparando a durabilidade de um sanduíche caseiro e de um lanche do Mc Donald’s de uma famosa rede de fast food.

O experimento é uma iniciativa da Drª Nina Sobral, que queria saber quantos dias o sanduíche duraria fora da geladeira e então no dia 04/10/2015 ela comprou o lanche…

Bom, você, eu e todo mundo já sabemos que esses lanches não são saudáveis, mas é realmente desesperador saber que ele completou 300 dias FORA DA GELADEIRA (no dia 29/07), sem mofo ou fungo, com a mesma consistência e praticamente com o mesmo cheiro de lanche.

Por outro lado, o lanche que ela fez na própria casa, com ingredientes naturais, estava enfestado de fungos e bactérias após 12 dias. (que bom!)

Como regra geral, comida de verdade deve ser consumida fresca, senão estraga. (com raras exceções, como óleo de coco e manteiga, por exemplo)

Comida de verdade é cara?

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É muito comum a crença de que fazer dieta é caro. Mas esse pensamento só existe quando a pessoa não entende o que é comida saudável de verdade.

Se você trocar farinha de trigo por farinha sem glúten, leite de caixinha por leite sem lactose, biscoito comum por biscoitinho integral, danone por danone light e substituir comida por suplemento… Realmente, sua alimentação vai sair bem cara!

Mas esses itens – entre outros – quase nunca são saudáveis, e NUNCA são opções melhores do que aquilo que você pode comprar na feira ou no açougue.

Entenda: esses produtos são fruto de oportunismo da indústria alimentícia.

Quando perceberam uma preocupação cada vez maior das pessoas com saúde e qualidade de vida, começaram a desenvolver produtos que atendessem a essa demanda.

Um exemplo clássico é o fatídico apelo “Sem glúten”. Hoje em dia, existem 420 mil produtos sem glúten, coisa que há 5 anos atrás praticamente não havia.

Retirar o glúten pode sim ser uma ótima estratégia nutricional para muitas pessoas, mas isso não significa que alimentos sem glúten sejam necessariamente saudáveis. Açúcar, por exemplo, é sem glúten (e sem lactose!)

Alimentos industrializados que não contêm glúten também podem usar ingredientes altamente processados e artificiais, então você só estará substituindo um produto industrializado por outro.

Tudo depende de 2 coisas: Escolhas e Prioridades

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Ainda que você passe a frequentar mais a feira do que o mercado, sua alimentação será mais cara ou mais barata de acordo com suas escolhas.

Você não precisa comer carne de primeira, nem salmão do Alaska, nem lagostas e lagostin, GojiBerry, ostras, noz pecan e macadâmias.

Comida de verdade pode ser carne de segunda mesmo, abóbora, ovos, beterraba, brócolis, coco, quiabo, batata doce, aipim

Se você não pode comprar amêndoas, compre amendoim. Se não pode comprar óleo de coco, use banha de porco. Se não pode comprar ghee, use manteiga comum ou faça sua ghee em casa.

Produtos orgânicos são melhores? Sim, mas não torne o bom inimigo do ótimo. Faça de acordo com as suas possibilidades.

Prefira alimentos da época. Além de mais baratos, eles ainda estarão mais frescos.

Outro ponto importante é: o que é caro? Aquilo que você não tem dinheiro para comprar ou aquilo que não é uma prioridade?

É impressionante como boa parte das pessoas está disposta a se endividar para comprar um celular de última geração ou em dar o melhor combustível para o carro…

Mas não se preocupa em dar o melhor combustível para o organismo, em ter um “corpo de última geração”, funcionando a todo vapor.

E vale a pena lembrar: ao priorizar comida de verdade, você fica saciada por muito mais tempo.

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Comentário que a Zilanda deixou no Facebook sobre o quão econômico é comer comer de verdade. 🙂

Ou seja, acaba economizando não só porque come menos, mas porque dá ao corpo o que ele precisa para funcionar bem, raramente fica doente, sente menos vontade de comer doces e outras besteiras.

No final das contas, você precisa pensar se comida saudável realmente é cara ou se é você que está criando essa limitação para continuar mantendo maus hábitos alimentares.

Obs.: Rever suas prioridades é realmente fundamental. Veja um exemplo clássico: se você comprar um whey protein concentrado – bem mais barato que um isolado e muito parecido em benefícios – economizará dinheiro para um ou outro alimento orgânico.

Se você deixar de comprar o whey – que não é uma necessidade – vai sobrar mais dinheiro ainda pra investir em comida de verdade. São escolhas!

Facilidade de comer e Relação emocional com a comida

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Pense bem: e se você tivesse que preparar tudo o que quisesse comer? Se você tivesse que cozinhar suas próprias refeições do começo ao fim?

Quer batata frita? Ok. Compre as batatas, lave as batatas, descasque as batatas, frite as batatas.

Dá muito mais trabalho que comprar a batata já frita, não é mesmo?

E olha que eu nem estou dizendo pra você plantar suas próprias batatas, e dei um exemplo super simples, na verdade.

Agora imagina fazer isso para absolutamente tudo! Muito trabalho, né? Dá preguiça só de pensar…

Mas é exatamente por isso que hoje em dia a alimentação anda tão desregulada e exagerada.

Temos a liberdade de comer praticamente o que quisermos na hora que quisermos.

Não temos que cozinhar, muito menos caçar ou coletar nada. Apenas ir ao mercado mais próximo, ou, ainda mais prático, pedir comida pelo celular.

Essa facilidade muda totalmente nossa relação com a comida.

Comemos quando estamos tristes, quando estamos felizes, ansiosos, nervosos.

Comemos na tentativa de preencher vazios, de curar dores da alma, de conseguir alegria imediata, de se recompensar. Tudo virou motivo para comer. (porque quase nunca é a gente que cozinha!)

Precisamos enxergar felicidade e acolhimento em outras situações, em outros prazeres mais duradouros e encarar comida como nutrição. Não é fácil, mas conseguimos.

Obs.: Neste artigo, eu falo sobre por que comer de 3 em 3 horas não deveria ser ensinado como regra de jeito nenhum.

Mas sabe por que tanta gente acredita nisso? Porque é justamente o que a maioria quer: comer o tempo todo…

Empodere-se: a importância de saber cozinhar

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Que me desculpem os chefs de cozinha, mas cozinhar não é um dom, é uma necessidade, é a ferramenta mais poderosa que temos para cultivar uma alimentação saudável.

Sim, algumas pessoas podem ter mais facilidade de aprender que outras, mas tudo é uma questão de prática. Assim como tocar um instrumento ou aprender uma nova língua.

E além da prática, há algo ainda mais relevante: o mindset (ou mentalidade).

Quando você diz que alguma coisa é um dom, está se esquivando daquilo.

Você não quer aprender, não tem vontade, então é mais fácil dizer que é se trata de um talento especial que você não tem.

E assim você delega o ato de comer para alguém da sua família, para restaurantes e, como já vimos, para “zelosa” indústria alimentícia.

Tente desenvolver o hábito e o prazer de fazer a sua própria comida, e compartilhe tanto o momento de cozinhar como as suas habilidades culinárias com outras pessoas.

Afinal, cozinhar é um gesto de amor, seja amor próprio, amor por familiares, amigos ou até por um desconhecido.

Hoje em dia, vejo muitas mulheres que sentem até um pouco de orgulho pelo fato de não saberem cozinhar. Afinal, isso significa – consciente ou inconscientemente – que são modernas, ocupadas, trabalham fora de casa e etc.

Gente, acorda! Tanto mulheres como homens não podem encarar a comida como tarefa sem valor ou de submissão ao sexo oposto. Pelo contrário!

Não há nada mais urgente e importante que assumir o controle da própria comida. Esse é o primeiro passo para assumir o controle da sua vida.

Afinal, se você não consegue decidir e preparar o que comer, algo tão corriqueiro, como irá decidir e controlar situações maiores e mais importantes?

Importante: Ainda hoje, em boa parte das famílias, falta uma divisão de tarefas mais clara e justa dentro de casa.

Quase sempre a responsabilidade fica em cima da mulher – que muitas vezes tem jornada tripla ou quádrupla – e o homem assume, quando muito, o papel de “ajudante”. (e têm uns que ainda se vangloriam por isso… ?)

Se todos usam, se todos comem, se todos sujam, por que só as mulheres têm que cuidar, cozinhar e limpar?

Pense nisso, seja você homem ou mulher.

O que acontece quando você muda sua alimentação…

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Além dos benefícios para a saúde, acontece algo muito interessante quando mudamos nossa alimentação.

Na verdade, acontecem muitas coisas, ja que comer é um ato social. O que decidimos colocar (ou tirar) na nossa mesa impacta a economia, o meio ambiente, a cultura e absolutamente tudo que está à nossa volta.

Você acaba mudando seu círculo de amizades, muda os livros que lê, muda os lugares que frequenta…

Tudo a sua volta muda porque você mudou. A forma como você enxerga as coisas mudou.

E aí você entende que as pessoas que você ama não precisam comer o que você come, elas só precisam respeitar suas escolhas. São suas escolhas, não delas.

(acredite, conforme os outros veem nossas mudanças, acabam se interessando em mudar também. Não conte com isso, mas é algo muito comum de acontecer)

O mais legal é que o fato de a gente enxergar a comida de uma outra maneira, faz com que a gente encare a vida de outra maneira.

Acabamos nos tornando mais críticos, mais questionadores, mais exigentes, muito mais ativos.

Pessoas que antes detestavam exercícios passam a sentir necessidade de se movimentar. Pessoas que não entendiam nada de nutrientes, agora leem todos os rótulos. Pessoas que usavam remédios controlados simplesmente deixam de tomá-los um a um. É impressionante!

Mas não adianta eu falar. Você precisa testar na sua própria vida para entender. De essa chance a você mesma. 😉

Por onde começar?

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Se você quiser comer melhor, a mudança de hábitos começa bem antes da primeira garfada.

Para ter uma alimentação mais saudável, você precisa se planejar, precisa investir um pouco de tempo pensando sobre comida.

Pense no que você deseja preparar, faça uma lista de compras. Pense na quantidade de pessoas que vão comer. Envolva-as no processo.

No momento em que estiver fazendo a lista, lembre-se da importância de variar.

O corpo humano precisa de muitos nutrientes. Se você come sempre as mesmas coisas, impede seu corpo de receber tudo o que necessita para funcionar adequadamente.

Sabe aquela velha regrinha de que “quanto mais colorido, melhor”? Então, ela continua valendo, em especial para as saladas. Veja algumas sugestões: (com guacamole então elas ficam perfeitas!)

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É importante ter um dia na semana em que você faz compras, seja na feira ou no mercado, além de um dia (pode ser o mesmo) para preparar os alimentos.

Prepare uma boa parte ou todas as refeições da semana, congele se for necessário. Vá anotando na porta da geladeira o que precisa comprar. (sou adepta dos post-its)

Se você tem filhos, marido ou esposa, incentive-os a cozinhar com você. As crianças em especial aprendem com o exemplo.

Faça desse momento algo divertido, prazeroso. Coloque uma música. Permita-se amar e se orgulhar desse cuidado que você está tendo com você e, se for o caso, também com as pessoas que você ama.

Ah, aprenda a usar os alimentos de forma integral (com casca e tudo mais, quando possível) e também a reaproveitar as sobras! (o famoso Restô de Ontê ?)

Exemplos: se fizer leite de coco ou oleaginosas em casa, use o resíduo para fazer farinha. O que sobrou do peixe ou do frango pode incrementar uma salada, ou ainda ser usado como base de um patê.

Os talos dos vegetais podem ser usados na carne moída. O resto da batata doce pode virar um purê. O restinho dos legumes vão muito bem com ovos, em especial omelete.

Cascas de frutas podem ser usadas no chá. Cascas de ovos podem ser usadas como adubo. E por aí vai… O que não falta é possibilidade!

» Leia também: Hábitos Saudáveis: 14 maneiras descomplicadas de elevar sua qualidade de vida [Parte I]

Faça da sua comida algo lindo (e a saboreie!)

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Preparar um prato bonito, bem colorido e rico em diversos nutrientes não é uma banalidade, muito pelo contrário.

Além de deixar a comida muito mais apetitosa, faz com a gente sinta orgulho das nossas boas escolhas e isso as torna cada vez mais consistentes.

Mas não pare por aí: além de estimular sua visão, faça o mesmo com os outros sentidos.

Cheire o que você vai comer, sinta a textura se for possível (com a mãos limpas), saboreie cada garfada ou colherada, preste atenção no que você está comendo.

Da garganta para baixo, nós não sentimos o sabor de nada. Então vá com calma, aproveite o momento.

Com a correria do dia a dia, nem sempre é possível, mas acredite: é isso que ajuda – e muito! – a identificar a saciedade.

Consequentemente, acabamos comendo apenas o que o corpo realmente precisa.

Ah, não faça isso apenas em ocasiões especiais, para pessoas especiais.

Faça quando comer sozinha, faça para você. Um prato bonito também é um gesto de amor próprio.

Como fazer boas escolhas fora de casa?

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Para quem se alimenta fora de casa, não programar as refeições é planejar o próprio fracasso.

Não necessariamente você precisa levar marmitas, porque nem sempre é possível, mas saber onde vai comer já te coloca numa rota mais saudável.

Em especial nos grandes centros urbanos, sempre tem algum restaurante com buffet ou prato feito com opções de proteína (carne, peixe, frango) e muitos legumes e verduras pra comer. Sempre.

É claro que o preparo não será exatamente o mesmo da sua casa, mas se você comer qualquer carne (com sua gordura natural) no lugar de nugget, e qualquer vegetal no lugar do macarrão, ótimo.

Fique à vontade para usar azeite, manteiga e queijo também. (esse último, apenas se sem não for intolerante)

Afinal, já vimos aqui que a gordura natural dos alimentos não faz mal, dá sabor à comida e ainda diminui drasticamente a fome e a vontade de comer doces nas horas seguintes à refeição, já que não gera picos de insulina. 🙂

Mesmo assim, vale a pena ter opções de lanches saudáveis com você, já que nunca se sabe quando precisaremos ficar até mais tarde no trabalho.

Porém, já adianto que frutas, isoladamente, não são as melhores opções de lanche.

Isso porque, quando você come uma fruta sozinha, o açúcar no sangue sobe mais rapidamente.

O resultado é que pouquíssimo tempo depois você já está com fome de novo. (como acontece quando se come carboidratos de forma geral…)

Mais uma vez: o que sacia é gordura e proteína, e é por isso que numa dieta low carb high fat (baixo carboidrato alta gordura) você não precisa comer o tempo todo. Raramente há a necessidade de se fazer lanchinhos.

De qualquer forma, boas opções de lanches saudáveis seriam: oleaginosas (castanhas, amêndoas, amendoim, nozes…), coco, abacate (com cacau fica excelente).

Você também pode fazer biscoitos ou bolos saudáveis e levar para comer na rua. Vou deixar aqui a receita de um cookie low carb, exclusiva do ebook Guia da Receita Saudável.

cookies americanos low carb Guia da Receita Saudável

Informações nutricionais (1 unidade):
120 calorias; 4g de carboidratos (rico em fibras), 4g de proteínas; 10g de gorduras

Ingredientes:

– 3 colheres de sopa (60g) de farinha de amêndoas (basta triturar as amêndoas, ou castanhas, ou macadâmias, avelãs, ou outra oleaginosa)
– 4 colheres de sopa (80g) de farinha de coco
– 3 colheres de sopa (45g) de açúcar de coco ou adoçante culinário (usei xylitol)
– 2 ovos
– 2 colheres de sopa (30mL) de óleo de coco ou manteiga ghee
– Pedacinhos de chocolate acima de 70% cacau e sem lactose (a quantidade fica a seu critério)
– Canela a gosto (opcional)

Modo de fazer:

Pré-aqueça o forno a 180°C. Em um recipiente, misture todos os ingredientes (exceto o chocolate) com uma espátula ou colher até formar uma massa homogênea. Acrescente o chocolate por último e mexa delicadamente.

Molde os cookies – primeiro faça uma bola e depois achate – e asse em fogo baixo por cerca de 20 minutos (virando na metade do tempo). Mas fique de olho, pois esse tempo varia de acordo com a farinha usada.

Dica: Por ser muito rico nutricionalmente, 1 ou 2 cookies desse são uma ótima opção de lanche, que deixarão você satisfeita(o) por um bom tempo.

É bom saber: A farinha de amêndoas é fonte de proteínas, fibras, vitamina E e gorduras de ótima qualidade. Porém, estraga com facilidade (ação de fungos), portanto, recomenda-se conservar em geladeira ou congelar.

Armazenamento: Pode ficar fora da geladeira entre 4 e 5 dias. Em geladeira, conserve por até 10 dias. Pode congelar.

Curtiu? No ebook você encontra receitas de tortas, bolos, brownies, mousses, pizza, suflês, panquecas, entre outros pratos que vão deixar sua alimentação muito mais gostosa e variada! 🙂

Lista de Alimentos Saudáveis

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Neste artigo, eu fiz uma lista com os 8 alimentos que não podem faltar na sua rotina. Agora, para facilitar muito mais a sua vida, eu elaborei uma lista de alimentos saudáveis, bem completa, cheinha de comida de verdade para você escolher.

Essa lista vai ajudar bastante no seu planejamento e na elaboração de um cardápio prático, barato e saboroso!

Eu fiz algumas ressalvas na lista e vale a pena você ler tudinho, pois apesar de saudáveis, alguns alimentos podem não ser muito apropriados para o seu objetivo.

» Baixe a lista de alimentos saudáveis!

Concluindo…

Que tempos são estes, em que temos que defender o óbvio?” (Bertolt Brecht)

É um pouco triste ter que explicar o que é comida de verdade.

Sinal de que a indústria alimentícia, aliada ao marketing, conseguiu fazer um “belo” desserviço, para não dizer lavagem cerebral.

Perdemos as referências, perdemos o bom-senso, temos medo da gordura natural dos alimentos – algo que o ser humano comeu durante toda sua evolução – mas achamos ok comer produtos que duram meses dentro de uma embalagem, só por serem “integrais”, “light” ou “fit”.

Todo dia, pelo menos uma pessoa me pergunta, temerosa, quantos ovos ela pode comer.

Mas absolutamente ninguém me pergunta quantos biscoitos de “água e sal” – cheios de gordura trans, glúten e açúcar – pode comer.

Seus problemas de saúde não têm nada a ver com aquilo que a natureza oferece, mas sim com a deturpação do que é comida de verdade.

Eu acredito que uma alimentação limpa, com menos produtos industrializados e mais comida de verdade, é uma boa recomendação para qualquer pessoa.

O que muda é quantidade de macronutrientes de acordo com cada objetivo e também respeitando a individualidade de cada um.

Mas o fato é: nos milhões de anos que antecederam a descoberta da agricultura, o metabolismo humano foi lapidado para uma alimentação com muito pouco carboidrato, e até hoje é assim que o organismo encontra as suas condições ideais para um bom funcionamento.

Afinal, apesar de não precisarmos mais caçar e coletar para comer, nossos genes continuam os mesmos dos nossos antepassados.

Por isso, é imprescindível saber como era a alimentação deles para que possamos adaptar para os dias de hoje.

É por isso que nos próximos artigos eu vou falar detalhadamente sobre dieta paleodieta low carb (pra não restarem mais dúvidas!), além de temas mais específicos como os grãos.

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Fontes:

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